Território PSF Santa Anita
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
DISCIPLINA DE PRÁTICAS INTEGRADAS EM SAÚDE I
(RE)Conhecimento do Território
No primeiro cenário de práticas da disciplina, todos os estudantes e professores, visitaram os locais onde os grupos iriam atuar durante o semestre. Durante a visita tivemos a oportunidade de conhecer as estruturas dos serviços de saúde, conversar com alguns profissionais das equipes e eventualmente com algum morador, assim como circular pelas imediações dos locais tendo a oportunidade de um primeiro contato com a população local, conhecendo e reconhecendo esse território. Na perspectiva de utilizar novas práticas pedagógicas, foi proposto o desafio de fotografarmos nossos diversos olhares durante a visita, posteriormente as fotos seriam utilizadas para que o grande grupo pudesse fazer uma análise coletiva do registro desses diversos olhares.
A utilização da fotografia como dispositivo de reflexão nos proporciona fazer novas conexões entre os saberes, associando o campo teórico e a realidade do território registrada através do nossos olhares. Enquanto prática pedagógica inovadora, pouco utilizada nos cursos de graduação, nos permite refletir sobre as interpretações feitas dessa realidade através do nosso próprio olhar e enquanto exercício de alteridade fazer uma interpretação do olhar do outro no momento do registro, tendo potencial para que possamos fazer uma troca de reflexões, saberes e interpretações da mesma realidade que se mostra tão diversa por diferentes olhares.
"Muitas vezes se lêem afirmações em tom conclusivo sobre assuntos que, examinados mais de perto, poderiam ser relativizados. Sabemos todos que fotografar é permanentemente fazer escolhas, escolhas que serão fundamentais para a construção do nosso discurso visual – sim, porque fotografias são discursos, e mesmo quando alguns utilizam a fotografia para propor enigmas ou para não propor nada, esta será também uma forma de discursar.(ACCHUTI)" Disponível em: http://www.fotoetnografia.com.br/textos/cruzando_olhares_25-abril-2006.pdf
Assim como as "afirmações em tom conclusivo" olhadas de perto podem ser relativizadas, a interpretação da fotografia também pode ser relativizada e mesmo que essa escolha no momento do registro queira refletir o nosso olhar, sempre teremos a interpretação do outro baseada em suas crenças, valores e cultura que são as mais diversas possíveis. Mas assim como quando relemos um texto de nossa própria autoria possivelmente vamos querer fazer uma alteração, cada vez que olharmos uma fotografia teremos um interpretação diferente e também podemos dizer que ao conhecer o território sempre estaremos reconhecendo, pois o território está em constante transformação e reflete as relações e redes que nele estão estabelecidas.
A riqueza da fotografia enquanto prática pedagógica está na troca dessas diversas interpretações, essas trocas e mudanças nas nossas interpretações, a partir do nosso próprio olhar ou em confronto com outros olhares, que refletem nosso aprendizado.
Na fotografia abaixo, estão alguns estudantes e professores da disciplina concentrados em frente a ESF Santa Anita, cenário de prática de atuação do grupo que sou componente junto com estudantes dos cursos de fisioterapia, nutrição, serviço social, medicina e uma colega da saúde coletiva.
Nesta outra foto podemos ver a Escola Estadual de Ensino Fundamental Piauí, local onde está localizado a ESF Santa Anita.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
DISCIPLINA DE PRÁTICAS INTEGRADAS EM SAÚDE I
Acolhimento da Gerência Distrital Glória-Cruzeiro-Cristal
Em 14 de setembro de 2012 iniciaram as atividades da Disciplina de Práticas Integradas em Saúde I, no Auditório da Faculdade de Odontologia, no Campus Saúde da UFRGS. Neste primeiro dia, foram apresentados os objetivos da disciplina e formas de avaliação e também foi realizado a divisão dos estudantes em grupos multidisciplinares que foram designados para atuar nos cenários de prática no Distrito Docente Assistencial Glória-Cruzeiro-Cristal.
A segunda turma da disciplina, que é oferecida na modalidade eletiva para os alunos dos cursos da saúde da UFRGS, realiza suas atividades de campo no distrito docente assistencial da universidade e foi formada por alunos de diversos cursos: nutrição, enfermagem, fisioterapia, medicina, odontologia, serviço social, saúde coletiva, etc.
No segundo encontro, o acolhimento foi realizado no Auditório do Centro de Saúde Vila dos Comerciários, nos foi apresentado a composição do território, seus serviços de saúde, equipamentos sociais e as iniciativas da própria gerencia.
O território composto pelos serviços de saúde Unidade de Saúde da Família Divisa, Unidade de Saúde da Família São Gabriel, Unidade de Saúde da Família Mato Grosso, Unidade de Saúde da Família Graciliano Ramos, Unidade Básica de Saúde 1º de Maio, Unidade de Saúde da Família Santa Teresa e Unidade Básica de Saúde Rincão; também nos apresentaram alguns dos equipamentos sociais localizados na gerencia: associações de bairro e moradores, conselhos locais e conselho distrital de saúde, fóruns de serviços.
A Gerencia Distrital Glória-Cruzeiro-Cristal está implementando o Núcleo de Apoio à Saúde da Família, que tem como objetivos atuar em conjuntos com os profissionais da Estratégia de Saúde da Família, participar das reuniões de equipe dos serviços de saúde, fazer o mapeamento do território e apoiar suas práticas em saúde para que se possa ter efeito positivo na qualidade de vida da população. Sua intervenção tem como foco as necessidades dos profissionais de saúde e da população, e como base para atuação as diretrizes da Atenção Básica em Saúde.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
"O Veneno Está na Mesa", de Silvio Tendler.
O documentário de Silvio Tendler começa denunciando que desde o ano de 2008 o Brasil é o país do mundo que mais utiliza agrotóxicos na produção agrícola, e que cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano. O jornalista e escritor Eduardo Galeano participa deste documentário, falando sobre o divórcio que existe entre os direitos humanos e os direitos da natureza, no que tange utilização dos agrotóxicos na produção agrícola, sendo permitido pelos países do governo progressista, em nome da produtividade justificado por um critério economicista e pelo progresso da humanidade. Isso revela a contradição existente a partir do momento que se aceita a utilização dos agrotóxicos como uma necessidade inevitável, sem levar em consideração os danos causados tanto a natureza quanto na população. O Brasil ainda permite a utilização de agrotóxicos que já são proibidos em diversos países do mundo devido ao grande perigo que oferecem à saúde pública.
No relato de diversos agricultores sobre a revolução verde, que apagou todo o acumulo de conhecimento da agricultura tradicional ao longo dos 10 mil anos da história da humanidade. Até os anos 80, a produção de produtos agrícolas a partir das sementes crioulas (tradicionais), era satisfatória para a agricultura familiar, entretanto as grandes empresas começaram a fornecer suas sementes que significaram um grande aumento nessa produção. Por exemplo, com as sementes crioulas a produção de milho por hectare era de 50 sacos, com as sementes das empresas agrícolas dobrava a produção para 100 sacos de milho por hectare, com um custo reduzido. Porém a estratégia dessas empresas fez com que os produtores perdessem o controle sobre as sementes, em dez anos já não existia mais sementes crioulas, o que os fez totalmente dependentes das sementes das grandes empresas. Atualmente, as sementes são transgênicas que forçam o agricultor a adquirir o "pacote completo" dessas empresas, que inclui os produtos químicos para que se tenha produção. Por causa desse novo modelo, de monocultura, do agronegócio dependente da utilização dos agrotóxicos para produção, está causando a contaminação das águas, do solo, das pessoas, do ar, etc. A grade questão é até quando nossa sociedade vai tolerar essa situação, do que ainda precisamos para nos dar conta que esse modelo do agronegócio só prejudica a saúde da população e a natureza e que não podemos mais aceitá-lo.
terça-feira, 10 de julho de 2012
"Ilha das Flores, de Jorge Furtado.
Já assisti algumas vezes o curta “Ilha das Flores” e concordo com algumas colocações dos colegas, tanto na mudança de perspectiva a cada vez que assisto, quanto no impacto causado ao me “deparar” com essa realidade. Ainda complemento uma das análises em relação à forma humorada da narração do curta, pois não é apenas humor, trata-se de um humor irônico, por vezes sarcástico. Essa estratégia narrativa faz com que possamos nos dar conta das nossas ações cotidianas, suas consequências e nossas próprias contradições enquanto indivíduos e coletivo. Por exemplo: colocar um tomate, que julgamos inadequado para consumo, no lixo, pois nos mostra que essa ação não se encerra no momento que o caminhão de lixo recolhe nossos restos. Ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre essas ações individuais e suas consequências, também coloca em questão nosso sistema de organização econômico, o capitalismo, seus meios de produção e “distribuição” de riquezas, que regem nossa sociedade. Essa mesma sociedade que produz mais alimento do que o necessário para sua população, mesmo assim existem pessoas que comem os restos dos porcos e outros morrem de fome.
Podemos culpar o proprietário dos porcos que permite que aquelas pessoas se alimentem? Se não fosse dessa maneira eles não teriam alternativa para sobreviver.
O curta proporciona um exercício de alteridade em muitos momentos, por exemplo: nos colocando no lugar do proprietário dos porcos ou da dona de casa que coloca o alimento no lixo. Qual deles é mais ou menos culpado?
Podemos pensar que o Estado é culpado. Mas quem é o Estado? Somos nós mesmos ou são aqueles que escolhemos para nos representar?
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